quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Publicado no O Dia Online 17/12/2008
Rio - Os imortais vampiros estão se reciclando. Eles não são mais monstros sedentos de sangue, perseguidos por um implacável caçador. Agora são românticos, heróis e vivem o conflito de não morder a mocinha, que faz questão de oferecer a jugular para uma dentada.
Assim é o protagonista Edward do filme ‘Crepúsculo’, que estréia nesta sexta-feira no Brasil e já é sucesso nas bilheterias dos Estados Unidos. Com orçamento de US$ 37 milhões, arrecadou US$ 150 milhões em menos de um mês.

Baseado na obra da escritora americana Stephenie Meyer, que já vai emplacar o sexto livro de uma série que virou febre no mundo inteiro — por aqui, o primeiro volume vendeu 180 mil exemplares —, o filme conquista principalmente as mulheres. “Se eu tivesse um namorado vampiro como o Edward pediria para que ele me mordesse agora”, conta Patrícia Lima, 25, que gerencia o site do fã-clube oficial brasileiro Twilight Team.
O personagem Edward, vivido pelo ator Robert Pattinson, tem estilo ‘emo’. Sofre e conquista com frases elaboradas. No site do fã-clube há um pot-pourri delas, do tipo: “E então o leão se apaixonou pelo cordeiro” ou “Fiquei cansado de tentar ficar longe de você…”, referindo-se a seu amor impossível por Bella, interpretada por Kristen Stewart.
No meio dessa história sentimental, ainda há espaço para o mutante Jacob (Taylor Lautner), membro de uma tribo indígena que se transforma em lobo, amigo de infância de Bella e apaixonado por ela, e inimigo mortal dos vampiros.
O papel diferente dos vampiros também contagiou a produção nacional. Na novela ‘Os Mutantes’, o autor Tiago Santiago recheou sua trama com sanguessugas para todos os gostos. “Vampiro é um mito muito antigo, é normal incorporar novas versões”, analisa o autor. Mas seja qual for o estilo do vampiro, um item não pode faltar: a sedução. E Mário Frias, que vive Draco na novela da Record, sente isso na pele.
“O proibido e o violento é muito desejado. É comum eu escutar nas ruas: ‘só uma mordidinha’ ou ‘tira uma foto comigo? Mas não me morde, hein’”, diverte-se o ator, que admite ser “careta”. Nada de morder ou algo mais selvagem para ele. “Gosto mesmo é de um jantarzinho a dois. Para mim nada de sangue, só um bom vinho tinto”, brinca, seguindo a tendência dos novos vampiros.
Os novos vampiros também chegam à TV paga. O canal HBO vai estrear em janeiro, no Brasil, a série ‘True Blood’. A história, baseada nos contos ‘Sookie Stackhouse’, do escritor Charlaine Harris, começa aqui depois de encerrar a primeira temporada nos Estados Unidos com o pé direito: foi indicada para dois Globos de Ouro de melhor série e melhor atriz para a protagonista Anna Paquin, em 2009.
Assassinato, drogas, sexo e mais vampiros
A trama é muito parecida com ‘Crepúsculo’. Nela, o vampiro Bill (Stephen Moyer) se apaixona pela garçonete Sookie (Anna Paquin), que é telepata, e que também conta com o mutante Sam (Sam Trammell), dono do bar que se transforma em cachorro e tem uma queda pela garçonete. Mas, ao contrário do filme, os vampiros saíram do anonimato graça a uma bebida de sangue artificial que tornou desnecessário o consumo de sangue humano. Embora muitos deles ainda adorem dar suas dentadas.
Mas o convívio não é tão simples assim: eles sofrem preconceito dos humanos e o sangue deles é vendido como uma espécie de droga que dá virilidade e rejuvenesce. Por isso, os vampiros são caçados e vistos como os melhores amantes. Passada no sul dos Estados Unidos, a série também mistura magia negra e religião. No meio de toda essa trama ainda há espaço para uma história de assassinatos, em que um serial killer, que odeia vampiros, elimina uma boa parte do elenco.
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Rio - Os imortais vampiros estão se reciclando. Eles não são mais monstros sedentos de sangue, perseguidos por um implacável caçador. Agora são românticos, heróis e vivem o conflito de não morder a mocinha, que faz questão de oferecer a jugular para uma dentada.
Assim é o protagonista Edward do filme ‘Crepúsculo’, que estréia nesta sexta-feira no Brasil e já é sucesso nas bilheterias dos Estados Unidos. Com orçamento de US$ 37 milhões, arrecadou US$ 150 milhões em menos de um mês.

Baseado na obra da escritora americana Stephenie Meyer, que já vai emplacar o sexto livro de uma série que virou febre no mundo inteiro — por aqui, o primeiro volume vendeu 180 mil exemplares —, o filme conquista principalmente as mulheres. “Se eu tivesse um namorado vampiro como o Edward pediria para que ele me mordesse agora”, conta Patrícia Lima, 25, que gerencia o site do fã-clube oficial brasileiro Twilight Team.
O personagem Edward, vivido pelo ator Robert Pattinson, tem estilo ‘emo’. Sofre e conquista com frases elaboradas. No site do fã-clube há um pot-pourri delas, do tipo: “E então o leão se apaixonou pelo cordeiro” ou “Fiquei cansado de tentar ficar longe de você…”, referindo-se a seu amor impossível por Bella, interpretada por Kristen Stewart.
No meio dessa história sentimental, ainda há espaço para o mutante Jacob (Taylor Lautner), membro de uma tribo indígena que se transforma em lobo, amigo de infância de Bella e apaixonado por ela, e inimigo mortal dos vampiros.
O papel diferente dos vampiros também contagiou a produção nacional. Na novela ‘Os Mutantes’, o autor Tiago Santiago recheou sua trama com sanguessugas para todos os gostos. “Vampiro é um mito muito antigo, é normal incorporar novas versões”, analisa o autor. Mas seja qual for o estilo do vampiro, um item não pode faltar: a sedução. E Mário Frias, que vive Draco na novela da Record, sente isso na pele.
“O proibido e o violento é muito desejado. É comum eu escutar nas ruas: ‘só uma mordidinha’ ou ‘tira uma foto comigo? Mas não me morde, hein’”, diverte-se o ator, que admite ser “careta”. Nada de morder ou algo mais selvagem para ele. “Gosto mesmo é de um jantarzinho a dois. Para mim nada de sangue, só um bom vinho tinto”, brinca, seguindo a tendência dos novos vampiros.
Os novos vampiros também chegam à TV paga. O canal HBO vai estrear em janeiro, no Brasil, a série ‘True Blood’. A história, baseada nos contos ‘Sookie Stackhouse’, do escritor Charlaine Harris, começa aqui depois de encerrar a primeira temporada nos Estados Unidos com o pé direito: foi indicada para dois Globos de Ouro de melhor série e melhor atriz para a protagonista Anna Paquin, em 2009.
Assassinato, drogas, sexo e mais vampiros
A trama é muito parecida com ‘Crepúsculo’. Nela, o vampiro Bill (Stephen Moyer) se apaixona pela garçonete Sookie (Anna Paquin), que é telepata, e que também conta com o mutante Sam (Sam Trammell), dono do bar que se transforma em cachorro e tem uma queda pela garçonete. Mas, ao contrário do filme, os vampiros saíram do anonimato graça a uma bebida de sangue artificial que tornou desnecessário o consumo de sangue humano. Embora muitos deles ainda adorem dar suas dentadas.
Mas o convívio não é tão simples assim: eles sofrem preconceito dos humanos e o sangue deles é vendido como uma espécie de droga que dá virilidade e rejuvenesce. Por isso, os vampiros são caçados e vistos como os melhores amantes. Passada no sul dos Estados Unidos, a série também mistura magia negra e religião. No meio de toda essa trama ainda há espaço para uma história de assassinatos, em que um serial killer, que odeia vampiros, elimina uma boa parte do elenco.
