Stephenie Meyer - Biografia

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

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Stephenie Meyer nasceu na véspera do Natal de 1973, em Hartford, Connecticut. Apesar de ser natural do Leste norte-americano, Stephenie cresceu em Phoenix, Arizona, com seus outros 5 irmãos. Ela é a segunda mais velha, com 34 anos de idade. Freqüentemente, Steph compara sua família à família Brady, do seriado também norte-americano The Brady Bunch. Os Brady são uma família de seis irmãos – três meninas e três meninos – de pais diferentes que decidem se juntar. Diferentemente dos irmãos Brady, todos os seis Meyer (Emily, Stephenie, Heidi, Paul, Seth e Jacob) são irmãos não só de criação, mas de sangue também. Stephenie se coloca no papel de Jan Brady, a irmã do meio – seu lugar correspondente na família Meyer. Ela também conta que o cachorro da família fora nomeado a partir de outro animal, “não-canino”. Enquanto o cachorro dos Brady era chamado de Tiger, o cachorro dos Meyer era chamado de Eagle. Outra curiosidade é que Steph “emprestou” os nomes de seus irmãos para alguns personagens da série Twilight: Seth e Paul são lobisomens – Seth é um dos mais novos e Paul o mais dado à explosões de humor; Jacob também é o nome de um dos principais personagens da série Twilight. Emily é a noiva de Sam Uley, também lobisomem. No livro, Stephenie descreve Emily como simpática e prestativa aos lobos. Na vida real, Stephenie descreve a irmã como doce e tímida. Apesar de a autora negar, fãs especulam sobre a associação de seus familiares às personagens e o quanto Stephenie foi fiel às personalidades dos irmãos citados.

O ensino médio foi completado pela autora na Chaparral High School, em Scottsdale, também no Arizona. A cidade, adjacente à Phoenix, é conhecida como a cidade mais representativa do Oeste americano, além de famosa por sua vida noturna (o New York Times entitulou-a de “versão desértica de Miami”). A escola é conhecida por ser uma das melhores escolas públicas dos Estados Unidos, com uma taxa maior que 95% de alunos que completam o Ensino Superior. Mas segundo Stephenie, a escola estava povoada por estudantes ricos e exibicionistas. “(Chaparral High School) é o tipo de lugar onde todos os outonos algumas garotas apareciam com narizes novos e onde haviam Porsches no estacionamento dos estudantes”, é o que diz a autora. Ela ainda completa que mantém seu nariz original e que só teve um carro após ter completado vinte anos. Mas o mérito da escola também se mantém em Stephenie, que ganhou o chamado National Merit Scholarship, uma espécie de competição na qual os finalistas são agraciados com bolsas mantidas por corporações e empresas dos Estados Unidos. Meyer utilizou sua bolsa para conseguir entrar na Brigham Young University, uma universidade pertencente à Igreja Mormom, The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints, igreja da qual Stephenie é membro. Devido à este fato, Stephenie não bebe álcool e nunca viu um filme que tivesse a restrição R-rated (a censura de filmes dos Estados Unidos é diferente da brasileira. Aqui, o R-rated representa aqueles filmes que jovens abaixo dos 18 anos só podem assistir o filme se acompanhados por seus responsáveis). Mesmo assim, Stephenie não é a mórmon perfeita. Um dos princípios destes é evitar a cafeína e Steph se permite uma ocasional Diet Pepsi.

Em 1995, Stephenie se formou em Inglês, apesar das muitas piadas que ouviu sobre o destino dos formados em Inglês irem trabalhar na indústria de serviços alimentícios. Para os que contavam essas piadas, ela envia o irônico e caracterísco “Ha-ha”, que ganhou fama na voz de Nelson Muntz, o personagem de Os Simpsons que representa o segundo maior inimigo de Bart. Há 14 anos atrás, ela casou-se com Christian, seu atual marido, mais conhecido pelo apelido de Pancho. Apesar de casar com 20 anos, Steph conhecia Christian desde os quatro – ambos freqüentavam a mesma igreja e, por isso, viam-se com freqüencia. Mesmo assim, demorou dezesseis anos para que os dois tivessem seu primeiro encontro e apenas nove meses para que estivesse casados. “É claro, nós pudemos pular muitas das partes de nos conhecer – muitas de nossas conversas eram algo assim: 'Teve uma vez, quando eu tinha 10 anos, eu quebrei minha mão numa festa quando-' 'Sim, eu sei o que aconteceu. Eu estava lá, lembra?' Com Christian, Stephenie teve três filhos – Gabe, Seth e Eli. A autora diz que não sabe como conseguiu fazer tantas coisas ao mesmo tempo – escrever, ser dona de casa e mãe de três crianças abaixo de cinco anos, na época em que começou a carreira de escritora, carreira esta que começou na noite do dia 1 de junho de 2003. Nesta noite, Stephenie visualizou uma cena em um sonho: uma garota conversando com um homem brilhante (literalmente!) numa clareira inundada de sol. O homem por acaso era um vampiro e ambos, vampiro e garota estavam apaixonados e ele estava contando à ela o quão difícil era não sucumbir à vontade de matá-la. O sonho se tornou o capítulo número 13 do livro Twilight, o primeiro livro de Meyer. Então, por três meses, Stephenie escreveu como uma condenada atingida pela luz da inspiração. Dormir era um luxo e com um bebê pendurado em um dos braços, ela digitava com a mão livre. Por ter que cuidar dos filhos ao mesmo tempo que escrevia, Stephenie não pôde se fechar em um quarto e simplesmente escrever, como grande maioria dos autores. Mas mesmo que pudesse, a autora diz que não o faria. Mesmo agora, com os filhos crescidos, ela escreve numa área aberta no meio de sua casa. “Eu não consigo fechar as portas e escrever. Mesmo se as crianças estão dormindo, eu sei que poderia ouvi-las se precisasse. Sinto-me melhor se estou no meio das coisas e sei o que está acontecendo”, é o que diz a autora.

Quanto à Twilight e as semelhanças que muitos traçam de seu estilo com o de J.K. Rowling, devido à abordagem fantasiosa de temas, a diferença fica clara quando se lê os livros de ambas as escritoras. Stephenie preenche as páginas de um modo que a história flui, enquanto J.K. mostra-se extremamente meticulosa com relação a detalhes. De acordo com a revista Time, Stephenie nunca escreve uma frase quando pode escrever um parágrafo inteiro. A autora se justifica: “Eu não acho que eu seja uma escritora; acho que sou uma contadora de histórias. As palavras não saem perfeitas sempre”. Fala-se também das emoções que Meyer descreve em seu livro. Sem reservas, as personagens de Twilight estão sempre suspirando, sussurando, hiperventilando ou gritando. O fato da autora descrever as sensações de suas personagens apenas aproxima a história da realidade; os adolescentes reais são tão melodramáticos quanto os que Steph descreve nos livros. Depois de escrever e editar o primeiro livro, Stephenie fechou um contrato de três livros com a companhia Little, Brown and Company. Em Outubro de 2005, o livro foi publicado e em Novembro do mesmo ano, figurava na quinta posição da lista de best-sellers do New York Times, na categoria de Romances Juvenis. Pouco depois, Meyer começou a escrever Forever Dawn, uma possível continuação de Twilight. Porém a autora alegou que o livro não se encaixava na categoria Juvenil, de modo que nunca seria publicado. Porém utilizou o que fora escrito no livro para as continuações, New Moon, Eclipse e Breaking Dawn, o último livro da série que narra a história do ponto de vista de Bella Swan, a protagonista. Ainda assim, Meyer anunciou que haveriam mais de quatro livros da série e que o próximo, Midnight Sun, será mais uma peça a se encaixar na série do que uma seqüência propriamente dita; é a história de Twilight narrada do ponto de vista de Edward Cullen. Outra observação feita pela autora é a de que possíveis seqüências poderão ser narrações de Jacob Black, outro protagonista da série.


A autora também contribuiu com uma história para a coletânea Prom Nights from Hell, que reúne histórias sobre péssimas noites de formatura, com efeitos supernaturais. O livro também abriga histórias de Meg Cabot, Lauren Myracle, Michelle Jaffe e Kim Harrison. E em 2008, Stephenie lançou seu primeiro livro de gênero adulto. A ficção científica The Host conta a saga de Melanie Stryder, uma jovem, e Wanderer, uma “alma” que “invade” Melanie. Ambas devem trabalhar juntas para encontrar o irmão menor e a paixão de Melanie. Como os outros livros de Meyer, The Host trata de amor e escolhas. Quanto às personagens, Stephenie diz que raramente escreve sobre humanos. “Você pode achar humanos em qualquer lugar”, ela declarou. Apesar de todos os livros de Meyer possuirem mais de 500 páginas cada um, a criatividade ainda não se extinguiu. Atualmente, Stephenie ainda está trabalhando em sua primeira saga; as idéias ainda surgem e ela ainda está colocando-as no papel. Além disso, ela já tem na cabeça duas seqüências para The Host e já escreveu quatro capítulos de uma história de fantasmas que ela entitulou se Summer House. O que ela tem a declarar sobre isto? “Desde que eu descobri o quão maravilhoso é escrever, não consegui parar. Mas as publicações, todos os protocolos e a negatividade? Eu não sei até quando vai valer a pena mostrar as histórias.” Por isto, no momento, Stephenie não tem contrato algum assinado. Não há mais prazos; portanto, ela planeja tirar um ano apenas para escrever. Para Stephenie, o que realmente importa são as histórias.



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