Joy Magazine entrevista Kristen Stewart

sábado, 31 de janeiro de 2009

Revista espanhola Joy entrevista Kristen Stewart.


Como era o processo da formação de elenco?

Eu estava envolvida em um outro filme, Adventureland em Pittsburgh. É engraçado como eu não sabia absolutamente nada sobre o livro antes de ter a proposta para o papel. Para mim, Twilight era mais um script que veio parar nas minhas mãos. Eu fiz o teste sem saber da grandeza do meu papel.


O que fez você dizer "Eu preciso fazer essa parte" depois de ter lido o livro?

Eu tenho duas cenas favoritas, mas a que realmente se destacou para mim foi a que Edward revela para Bella como ele fica ao ser exposto ao sol. É quando Bella toma o controle de tudo.


Como você vê a personagem Bella?

Ela é uma garota muito forte. Se você olhar superficialmente, você irá perceber que ela é uma personagem cheia de clichês: Ela é a dama em perigo. Mas o que é incrível sobre ela é que é a força dela que movimenta a história. Edward faz isso também, mas Bella é corajosa em uma situação realmente assustadora. Ela é bem confiante também.


Você recebe vários roteiros. Como você escolhe entre eles?

Não é fácil ser especifica em relação a isso, porque você escolhe diferentemente em cada trabalho. Na maioria das vezes, você tem que ter a certeza que tem que realmente fazer aquilo. Se eu não sinto que aquilo é realmente necessário eu fazer, o efeito acaba não ficando legal.


Como você escolheu o papel em "Na Natureza Selvagem"? Sua atuação lá estava incrível.

Obrigada! Eu acho que esse é um dos meus filmes preferidos, e não é só porque eu estou nele. Eu fui tão sortuda por ter conseguido aquele papel. Sean Penn ligou no meu celular, na verdade.

Ele é muito corajoso e discreto. Além do mais, eu seu que ele tem ciência do que um telefonema dele pode fazer com uma pessoa. Ele disse quem era e falou: "Ei, eu estou trabalhando nesse filme que eu amo. Eu me importo mais com este filme que com qualquer outra coisa e estou chegando num ponto onde eu não sei mais o que fazer". Ele me pediu para ler o roteiro para ele junto com outros atores. Eu fiz uma leitura para o papel da irmã, que narra a história toda. Dois dias depois ele me ligou e disse: "Eu não sei como você vai se encaixar em tudo isso, mas eu realmente quero que você faça esse filme comigo, e eu vou achar o papel perfeito para você". E tinham dois papeis: o papel da irmã do protagonista e da cantora Tracy. E ele escolheu a Tracy para mim. Aquele momento foi incrível. Essa é a razão pela qual eu escolhi atuar. Para poder trabalhar com pessoas como Sean Penn.


Como você começou a atuar?

Eu estava em uma apresentação da escola, não era nem uma peça e nós tínhamos que cantar uma música. Foi uma história de Los Angeles porque tinha uma agente na platéia e ele falou com meus pais e perguntou se eu poderia fazer uma audição para ele. Eu não me lembro de ter dito 'sim', mas eu achei que seria algo que eu definitivamente poderia fazer. Meus pais trabalham com cinema (meu pai e um produtor e minha mãe é uma roteirista) e eles me disseram "Isso não é algo que você queira se envolver. É muito provável que nada aconteça e você fique arrasada." Mas, por alguma razão, tudo funcionou direitinho.


Eu li em algum lugar que você quer ir pra Faculdade estudar literatura inglesa.

Durante todos os meus anos de ensino médio eu me preparei para a faculdade. Mas ano passado eu desistir de todas minha aulas. Eu tenho um futuro acadêmico, apenas não muito convencional. Eu não posso ir pra escola no momento. Todos ficam dizendo "Você tem 18 anos. Você não vai para faculdade?" Mas eu não vou, e o que é engraçado é que eu passei a minha vida toda dizendo que ia. Mas no momento eu tenho muitas demandas na minha vida. E eu venho tendo essas demandas desde que tinha 9 anos e comecei a atuar. Eu provavelmente irei estudar literatura, mas talvez não na faculdade. E não no momento.

Nós sabemos que você é uma fã de Jonh Steinbeck e de Led Zeppelin. Como você os conheceu? Pessoas da sua idade não escutam esse estilo de música ou lêem essas coisas.

Eu amo Led Zeppelin. Adolescentes que realmente se interessam por música escutam Led. Eles amam as bandas antigas. E esse tipo de música é muito melhor. Há mais textura, é mais versatil, é mais dinâmica que muitas das coisas produzidas hoje em dia. E a mesma coisa com os livros. Não existem muita coisa boa, têm muito livro sobre compras! (risos). Se você for na prateleira dos mais vendidos, é tudo que você vê. Eu adoro ler Albert Camus ou John Steinbeck e Jack Kerouac. Eu prefiro os clássicos.


Nos anos 60 e 70 as pessoas eram mais envolvidas com política e com a sociedade. Você acha que sua geração é mais apática?

Os adolescentes da minha idade são intimidados com a política. Eles acham que há muita coisa que eles já deveriam saber. Eles não querem ter uma opinião porque acham que estão mal informados. Essa é a diferença que eu noto com pessoas como meus pais, que defendiam causas e eram revolucionários e protestantes contra coisas ruins na sociedade.Tudo bem discordar de algo, tudo bem não saber o nome de alguns políticos e o que eles fazem. Mas se vocês estudar um pouco, você saberá. É tão fácil saber o que está acontecendo na América: as coisas não andam bem. E, como um jovem, tudo bem dizer que as coisas não andam muito bem. Não há mal algum em ser claro nas coisas que você diz, você não precisa de nada muito elaborado para falar o que pensa. Essa é a causa das pessoas não falaram sobre isso.



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