segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Ela fica parada no centro da grama deserta e verde. Sua expressão diz que ela ainda está em descrença.
FICA NO ROSTO DELA, O TEMPO PASSA ENQUANTO:
O sinal toca e os estudantes saem das classes, passam por Bella enquanto ela continua parada, esperando...
PONTO DE VISTA DE BELLA – EDWARD E SEUS PARENTES
atravessam o gramado, indo para a aula. Edward vê Bella, vê a intensidade no rosto dela. Ele pára.
Ela anda até ele, os olhos encontrando os dele... o olhar dela diz, nós temos que conversar... e ela passa diretamente por ele, e entra na floresta escura atrás da escola.
Ele a vê desaparecer nas árvores, e então começa a seguir. Jasper se move em frente a ele, Rosalie segura seu braço.
ROSALIE: Edward, não vá.
Mas Alice gentilmente remove a mão de Rosalie de seu braço.
ALICE: Ele já está lá.
Bella fica parada no meio das árvores, esperando. E então o som da floresta pára abruptamente. Um predador está perto. Edward aparece atrás dela. Ela não se vira. Uma batida.
BELLA: É impossível o jeito que você é rápido. E forte.
Sua pele é branca, fria como gelo.
Seus olhos mudam de cor. E de vez em quando você fala como se fosse de um tempo diferente. (vira para olhá-lo agora)
Você nunca come comida, ou bebe alguma coisa, ou aparece no sol. E você disse não à praia só depois que ouviu onde seria. Por causa do tratado.
Ele registra. Ela vai pra mais perto dele.
BELLA: Quantos anos você tem?
EDWARD: Dezessete.
BELLA: Há quanto tempo você tem dezessete?
Uma batida longa começa a cercar eles. Ele vê que não pode esconder mais. Honestidade é um risco enorme, mas ele tem que tomar.
EDWARD: ... há algum tempo.
Ela inala. Ela sabia, mas ainda assim era chocante. Nós os circulamos mais rápido.
BELLA: Eu sei o que os Frios são. O que você é.
EDWARD: Diga. Alto. Diga.
Todos os sons param abruptamente. Só ouvimos um sussurro.
BELLA: … Vampiro.
Eles parecem aguardar em suspense em um êxtase momentâneo, ele exposto, a realidade dela sacudida.
EDWARD: Está com medo?
BELLA: Não.
EDWARD: (bravo) Então me pergunte o básico. Pergunta: O que nós comemos?
BELLA: Você não irá me machucar. Você é diferente.
EDWARD: Você acha que me conhece?
Ele a encara. Ela se segura. De repente, ele a pega pela mão. Começam a andar.
BELLA: Onde estamos indo?
EDWARD: No alto da montanha. Fora das nuvens. Você precisa ver o que eu realmente sou. Como eu fico na luz do sol.
BELLA: Não! A luz do sol vai te matar!
EDWARD: Mito. Você precisa ver a verdade.
Ele a puxa, mas ela não se mexe.
BELLA: Vá devagar.
De repente, ele está bem do lado dela.
EDWARD: Você está com medo?
BELLA: Não.
EDWARD: Então venha comigo. Pra algum lugar onde ninguém possa te proteger. Um lugar onde eu possa fazer tudo o que eu quero fazer desde o primeiro dia que te conheci.
A proximidade deles é intensa, prendendo a atenção dos dois.
BELLA: Eu não estou com medo.
EDWARD: Você deveria estar.
Ele abruptamente e sem nenhum esforço a pega nos braços.
EDWARD: Se segure.
E então ele a coloca em suas costas... e começa a correr.
Como na seqüência de abertura, Edward corre pela floresta, ficando para trás enquanto ele aumenta a velocidade, rápido e mais rápido.
Bella fica abraçada às costas dele enquanto parece que ele vai trombar nas árvores, mas ele as evita com uma graça sobrenatural. É amedrontador, nauseante, intoxicante.
EDWARD: Você está com medo?!
BELLA: Não!
Mas ela abraça mais forte. Horrorizada. Eles escalam na altitude.
Alto e mais algo, acima da camada de névoa. Finalmente, lá em cima —
A BORDA DA FLORESTA se aproxima rápido, uma clareira está perto. A luz do sol brilha num branco quente atrás das árvores, eles estão quase emergindo da escuridão... mas de repente—
Bella se encontra sentada no chão, contra uma árvore.
Tudo está silencioso. Ela está tonta, tenta reaver seu equilíbrio.
E então ela percebe que está sozinha.
BELLA: Edward, onde está você?
Ela levanta, e pisa bem na orla das samambaias para dentro –
Um círculo perfeito de grama oscilante, flores selvagens e a luz do sol. Ouve-se um barulho por perto. Bella olha ao redor e finalmente vê –
EDWARD, camisa aberta, parado nas sombras de algumas árvores. Ele a vê com cuidado. Ela começa a andar em direção a ele, mas ele ergue a mão. Ela espera. Finalmente, ele respira fundo, e sai das sombras.
EDWARD: É por isso que nós não nos mostramos na luz do sol.
Enquanto o sol bate nele… a pele de Edward literalmente brilha como se fosse embebida em milhares de minúsculos diamantes. Ele é magnífico, brilhante, como uma estátua esculpida em um cristal. Ele se move para perto dela.
EDWARD: É isso o que eu sou.
Ele chega mais perto, claramente esperando que ela recue, mas...
BELLA: Você é... lindo...
Ele percebe que ela está em terror. Ela levanta a mão para tocá-lo, mas ele imediatamente volta para as sombras, sua pele normal de novo.
EDWARD: (intimidado) Lindo? Eu sou um assassino, Bella. Essa é a pele de um assassino.
Seu braço projetou-se em um raio de luz, brilhando de novo.
BELLA: Eu não acredito nisso.
EDWARD: Porque você acredita na mentira. Na camuflagem. Eu sou o predador mais perigoso do mundo. Tudo em mim é um convite para você – minha voz, meu rosto, até meu cheiro. Como se eu precisasse disso...
De repente ele está atrás dela – então em frente a ela – e então em uma árvore, correndo tão rápido que só conseguimos ver aonde ele pára –
EDWARD: Como se você pudesse fugir de mim. Como se você pudesse lutar comigo.
Ele abruptamente pega uma árvore enorme, e a joga contra no tronco de outras árvores com uma força explosiva.
Bella recua, mas fica presa ao chão, inabalável.
EDWARD: Eu fui feito para matar.
BELLA: Não me importa.
EDWARD: Eu matei pessoas.
BELLA: Não importa.
EDWARD: Eu queria te matar. Eu nunca quis o sangue humano tanto em minha vida. Eu sou perigoso para você.
BELLA: Eu confio em você.
EDWARD: Não.
BELLA: Eu confio em você, Edward. Eu estou aqui.
Ela pega a mão dele. Ele vacila com a temperatura de seu toque.
Ela se inclina para ele, inconsciente que sua garganta está perto de seus lábios... e de repente ele desaparece.
BELLA: Edward?
Ela olha ao redor para ver que ele está do outro lado da clareira, retomando a respiração.
EDWARD: Você... Pegou-me de surpresa. (se recompondo) Eu não sei como... fazer isso.
Ele se move de volta para ela. Lentamente.
EDWARD: Eu, e minha família, nós somos diferentes dos outros da nossa espécie. Nós não somos nômades, nós temos uma casa permanente. Nós só caçamos animais. Nós aprendemos a controlar nossa sede. (balançando a cabeça) Mas você – o seu cheiro, é como uma droga para mim... minha
BELLA: (percebendo) Oh… Eu pensei que você me odiava quando nos conhecemos.
EDWARD: Eu odiava. Por me fazer te querer tanto. Eu ainda não sei se posso me controlar.
Ele a alcança de novo.
BELLA: Eu sei que você pode.
Ele está vulnerável enquanto olha para ela, procurando pistas em seu rosto.
EDWARD: Eu gostaria de entender essa coisa que você vê em mim. Você olha pra mim com esses olhos... (frustrado) Eu não posso ler sua mente. Diga-me o que está pensando.
BELLA: Estou com medo.
Atacado, ele desce graciosamente em seus joelhos na grama.
EDWARD: (devastado) Bom.
Ela desce em frente a ele.
BELLA: Não disso. Estou com medo... você vai desaparecer. De eu te perder.
EDWARD: (maravilhado) Você não sabe por quanto tempo eu procurei por você.
Eles trocam um sorriso. Então ele vai em direção ao pescoço dela, pausando...
EDWARD: Não se mova.
Ela fica parada. Exercendo um ótimo controle, ele coloca sua mão na garganta dela... é tão exposta, tão vulnerável. A urgência entre eles é tão irresistível. Mas Bella não se move.
Ele passa sua mão na bochecha dela. E então desce para o coração dela... As nuvens passam pelo sol.
Eles dois estão felizes, se vendo.
EDWARD: E então o leão se apaixonou pelo cordeiro.
BELLA: Que cordeiro idiota.
EDWARD: Que leão doentio e masoquista.
Mostra os dois, deitados juntos, mais perto do que deveriam... a mão dele no coração dela...
Dissolve para:
Sede do meu sangue. E três...
